EU QUERO TER UMA NOITE DE AMOR COM VOCÊ.
Um milésimo de segundo se passa e um milhão de pensamentos eu tenho.
- Seu Marlon Brando, eu fico muito lisonjeado com sua proposta. Mas eu não posso ter uma noite de amor com o senhor. (troca de sorrisos fraternos e constrangidos) Eu tenho que ir, mas nos vemos por aí.
- Você é muito simpático, garoto. Vai com Deus.
O lisonjeio foi sincero. A forma bonita de como a proposta foi feita e todo aquele encontro me deixou feliz. Aquilo me afetou de tal forma que, ao mesmo tempo que senti vontade de sair correndo, poderia ter ficado mais tempo conversando com ele. Talvez pela idade, pela grande divergência dos nossos mundos, ou pelo meu gosto comum, senti repulsa. Mas, ainda dentro dessa repulsa, ponderei os fatos e acho que me apaixonei por alguns minutos. Talvez por 5 segundos esitei meus passos adiante com a intenção de voltar. Por momentos imaginei nossa noite de amor e, por outros, questionei os porquês sim e os porquês não. Tanta diferença entre as vidas e as responsabilidades. Tudo tão distante. Mas algo muito em comum.
Ainda tenho aquele momento como algo muito especial que aconteceu. O desejo de algo que ficará apenas na imaginação. Algo que ficará como uma boa imaginação a se sonhar. Já não acredito mais tanto numa velha frase - "me arrependeria muito mais por aquilo que não fiz."
Não foi uma proposta de um velho babão. Era um homem cheio de desejo e respeito.
Seu Divino quando disse, quero ter uma noite de amor com você, era o Marlon Brando de carne, osso e desejo.
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