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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Primeiro Encontro - Estudos



Start no processo de estudos para a nossa nova montagem, assistimos ao filme "Benny`s Video" para iniciar as discussões e abordagens sobre o tema da violência.



VIOLÊNCIA - Nova montagem



Violência será o tema do novo processo de montagem do Grupo Liquidificador. É o nome do projeto, mas não necessariamente o nome da peça que montaremos.

Algumas referências que servem de potapé inicial:


Violência é o próximo projeto do Grupo Liquidificador. O espetáculo abordará a crescente onda de violência que assola o Distrito Federal e a relação entre sua população e questões políticas, sociais, culturais e psicológicas. Trata‐se da terceira montagem do Grupo e pretende dar continuidade à pesquisa iniciada em trabalhos anteriores sobre Brasília, bem como a relação de seus moradores com a cidade. Para esta montagem, o Grupo Liquidificador estabeleceu uma parceria com a diretora Ana Flávia Garcia e com o Centro de Estudo em Dramaturgia Aberta (CEDA), ocasionando o diálogo com outros artistas do cenário cultural.

Buscando entender a complexidade da experiência humana, desde os impulsos do inconsciente até as regras sociais estabelecidas culturalmente, o Grupo, em seu terceiro espetáculo, abordará o tema, investigando seus múltiplos aspectos e abordagens. A partir dele, pretendemos abordar não apenas o caráter criminal, como também o político, cultural, ético, psicológico e, principalmente, o instintivo, a violência que cada indivíduo carrega em si mesmo. A dramaturgia terá como linha motora, a cidade e seus habitantes a partir de três subtemas: a Ultraviolência, um mergulho nos desejos e nas pulsões da natureza humana; o Crime‐necessidade, o homem que decide agir sobre outro ou sobre algo para satisfazer algum aspecto que oprime; o Bom‐selvagem, o homem ético e regrado, a cidade em sua mais perfeita organização. Os personagens da peça viverão seus conflitos individuais e serão vigiados por um observador frio e implacável: as câmeras de segurança. A população do Distrito Federal terá um novo retrato sobre a violência, que busca ir além das estatísticas e das manchetes de jornal.

Para esta realização, iremos a algumas referências, por exemplo, as teorias psicanalíticas de Freud, a genealogia do poder de Foucault, as pinturas de Domenico Zampieri, os filmes de Quentin Tarantino, Stanley Kubrick e Martin Scorsese, as peças sanguinárias de Shakespeare, como MacBeth e Tito Andronito. Além disso, buscaremos material criativo em outras obras literárias, como O Processo, de Franz Kafka, com sua abordagem peculiar da violência psicológica, Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievski, 1984, de George Orwell, Admirável mundo novo, de Adolf Huxley, Laranja Mecânica, de Anthony Burguess e nas obras brasileiras Memórias do Cárcere de Graciliano Ramos e O Cobrador de Rubem Fonseca. Matérias de jornal e relatos das experiências dos próprios integrantes do grupo e de pessoas próximas ao processo também servirão de material criativo para a criação do espetáculo, dando vida a um espetáculo complexo e multimídia, que discute tanto a cidade, como os indivíduos que a compõe.