Acho que lido com a fragilidade desde sempre. E lido desta forma, me expondo. Porque achei sempre que morreria muito cedo. Achei sempre que eu era um ser humano muito pouco viável. É verdade que, eu tive um irmão morto. Tenho um irmão que morreu, e morreu antes de eu próprio nascer. Então, nunca tive a sensação, a ilusão de que a vida é eterna, ou de que a vida é muito longa. Sempre achei a vida muito urgente. E sempre achei que perco tempo.
Seríamos só bichos. Ser gente é exatamente isso, é ser vulnerável. É sermos permeáveis. É rendermo-nos, por exemplo, a questões que vão muito além dos nossos interesses mais egoístas. Fragilizarmo-nos por causa dos outros.