Não é fácil pensar na montagem e concepção de um
espetáculo, aliás, na realidade é muito complexo! Entretanto, mais complexo
ainda é imaginar que este espetáculo estará dentro de uma engrenagem em que
funciona a sociedade, uma roda viva que concatena as artes, as tendências, os
movimentos...
Mesmo que despretensiosamente haverá este
posicionamento, seja de negação ou reafirmação. É muito interessante, por
exemplo, quando no meio de um processo, descobre-se outro que bebeu das mesmas
fontes de composição estética e teórica, é uma onda, deve-se observar se
estamos nela, ou não. Também é bom não estar, ambos são bons, desde que sejam
exclusivamente pautados pela verdade, sempre.
No processo de transposição da linguagem literária
para a linguagem cênica, além de todas as escolhas estéticas referencias, é
necessário que se faça a partir da leitura do texto literário, o posicionamento
perante ele. Isso significa muito, a definição do grau de fidelidade, lembrando
que a fidelidade por si é nula, exige-se um posicionamento artístico.
Depois de concebido, o espetáculo é entregue ao
mundo. É um presente, um presente que se gastou tempo, pesquisa, estudo para
que ficasse pronto. O custo é elevado, muito mais que dinheiro ou bens
materiais custa força vital.
Foda-se que o Tiago não pode postar hoje, estou roubando o post dele, já que passou o dia...
Onda moralizante social!
Estou ficando assombrado com a onda moralizante que estamos vivendo socialmente.
Governos querendo um policiamento e monitoramento da internet. Temos o FBI na cola de uma galera que disponibiliza música pela internet, ao invés de termos políticos que encabecem discursões sobre as mudanças nas leis de direito de autor ou sobre a derrocada do conceito de gênio, onde o espírito do tempo contesta até a real existência de Shakespeare (vide o filme Anonymous , coincidentemente o mesmo nome dos hakers que querem destruir o SOPA / PIPA )
Temos uma galera perseguindo os fumantes a qualquer custo. Gerando uma série de leis, que no meu parco entendimento ferem alguns direitos de ir e vir ou de liberdade de escolhas. Tá certo que a Souza Cruz e companhia jogaram e jogam sujo para viciar jovens e até crianças no cigarro, mas eu não estou disposto a ter um Estado puritanista que diga o que devo ou não fazer, sob uma bandeira da saúde unicamente pra aumentar suas bancadas governistas. Não fumo, nunca fumei e não tenho simpatia pela indústria do cigarro, mas tenho muito menos simpatia por um estado autoritário que me apresenta um homem de branco que é chamado de doutor, que poderá praticar mandos e desmandos em nome da ciência. Já vimos figuras que destruíram direitos humanos em nome de Deus, em nome da ordem, porque não em nome da saúde? Me agradaria um estado que cultivasse mais e mais a educação, e não a proibição e punição dos cidadãos. Foda-se o Drauzio Varella, a Rede Globo e todos os xiitas deste país. (ah, e foda-se a Recod e seus bisbos também, temos que ser democráticos no foda-se.)
Sem contar todas as lutas por definições humanas de héteros, gays, bissexuais, transgêneros, travestis, transexuais, assexuais etc etc. Jamais vamos conseguir encaixar os seres humanos em caixinhas. Todos nós saíriamos ganhando se abolíssemos a necessidade de caber em algum verbete. Seres humanos
não são como aqueles jogos de montar para crianças pequenas, em que é
preciso encaixar o retângulo no retângulo, o triângulo no triângulo e
assim por diante. A única definição que vale a pena é justamente a
indefinição. Sou aquel@/e/a que é sem se dizer. Ou sou aquel@/a/e que é sem
precisar dizer o que é. O Laerte já está a anos luz a frente destas discursões.
Enfim, só algumas reflexões importantes neste mundinho mais ou menos de gente mais ou menos feliz, de gente mais ou menos burocrata ou mais ou menos revolucionária.
"Sempre fui apaixonada por você. Obrigada por ter me libertado das amarras psicoburguesas dos consultórios de psicologia. Lembro exatamente do dia que te ouvi demais e tive que parar pra ir para a terapia. Estava na parada de onibus, fumando um cigarro de menta ruim e pensando "que merda é essa?". Sentei e escrevi a minha demissão daquele mundo de auto-ajuda, busca insana por felicidade e cura, onde você acaba caindo em um buraco de tentativas de auto resoluções e continua vivendo a mesma merda de vida de sempre. Sempre em busca de algo melhor do que aquilo que já se é. Sempre melhor. que porra é essa. rs. Você me causou uma perda de ilusão e eu te agradeço por isso. Acho que a psicologa levou a mal, pensou que eu estava debochando dela, coitada. Obrigada por seguir vivendo. Meu amor por você é ultra-romantico. Nos vemos dia 17.
Nós do Grupo Liquidificador estamos na primeira fase da criação do espetáculo Ultra-Romântico (ou Ultraromântico, ou Ultra Romântico). Ou pode ser o segundo, levando em conta todo o trabalho (árduo) de escrever um projeto que fosse contemplado por apoios financeiros e promocionais, propagandistas. Toda uma burocracia para sobreviver, para um espetáculo nascer.
Voltando à primeira (ou segunda) fase da criação do espetáculo, creio ser muito importante cada momento ser registrado. Além de registrar com fotos, vídeos, gravações de áudio, é muito importante a presença do DIÁRIO DE BORDO. Eu acho magnífico. Ele registra coisas além do que são reais, porque vem do nosso ponto de vista... E nem sempre o nosso ponto de vista particular é carregado de realidade... Bastante, magistralmente, colossalmente, carregado de informações lunáticas, subliminarmentesubjetivas... Legais.
O diário de bordo é livre. Podemos fazer o que quiser com ele. E no final, ele pode acabar se tornando uma obra de arte. Uma peça rara que contém material vivo e lúdico sobre um espetáculo teatral, ou qualquer obra de arte. E aconselho.
Mudando de assunto, semana passada eu falei sobre Fanzine no post SOFRIMENTO. Antes desse post, numa assembléia sobre o FAC (UAU!), fiz um fanzine. É a primeira edição semanal de fanzines LIQUIDIFICADOR sobre o Grupo e sobre o mundo que arrudeia. Como li em alguma lugar... "Feito por Punks, para os Punks". Que seja. Ainda me aperfeiçoarei e vai ficar mais bonitinho. Edição n°1. Uma notícia, um quadrinho.
Essas coisinhas bacanas punk-pops. Leiam "A Filosofia do Punk", de Craig O'Hana
Outras alegrias que têm influenciado o meu meio ambiente: Di Melo. Pesquisa youtube:Di Melo
PS: Essa noite sonhei que estava numa reuniãozinha noturna tranquila num apErtamento da 707 norte com Ângela Rô Rô e Tim Maia. Eu pedia pra eles cantarem e a Ângela ficava com vergonha. O Tim mandou eu aprender a psicografar... Eu tentei escrever exatamente uma frase que ele tava falando pra gente treinar, mas eu fui muito devagar e n]ao consegui pegar toda a informação. Sonho cult sebento.
Minimal Techno ou simplesmente Minimal é um estilo de música eletrônica, geralmente considerado como o sub-gênero minimalista derivado do techno.
É caracterizado pela repetição de batidas e sons, ou seja, pelo uso de
um minimo de elementos de composição. Normalmente associado a sons de
origem organica, como pulsação, canto de passaros ou quais quer
elementos sonoros repetitivos. A música minimalista tem por objetivo
desnudar tudo aquilo que nao é necessário para sua composição, desse
modo a música originada dessa vertente de e-music é constante e
pulsante, vai sendo criada e recriada diversas vezes dentro do mesmo
"seth" musical até se chegar a um apogeu musical no qual os sons
torna-se hipnoticos e induzem o ouvinte a níveis de cordenação motora
distintos de outros tipos de música eletronica, considerada também uma
das vertentes de baixos BPM's mais indutivas a estagios de hipnose, se
aproxima muito do trip-hop.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ai vai uma versão mais elaborada do brinquedo. Chama-se TENORI-ON.