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sexta-feira, 14 de março de 2014

I'm about to lose my mind, haha

É pra falar sobre o que me afeta? Então, na ebriedade da sexta  a noite (ebriedade, haha, uma referencia ao ULTRA) medíocre de uma brasília que eu tento a todo custo transformar em Manhattan, eu coloco aqui o poema do meu ex namorado, que insiste em reverberar em mim, e que demonstra todo o meu medo da vida e das coisas verdadeiras. Rogério Luiz, você permanece. 


Tenho um coração e todo sentimento do mundo.
Quero ir pras minas do norte na missão de Paschoal Carlos Magno
mas logo
amo  e refaço num átimo meu planejamento familiar
ao passo que me perpassa outro desejo
e me penso andarilho sozinho
salgando o mar com minhas lagrimas de fel
ao ver que na areia todas as pessoas são mesmo lindas.
Penso na boemia
e nas linhas de trem que eu cowboy fito com minha câmera subjetiva
e naquela noivinha com vestido de toalha de mesa
que fujo com ela num ônibus amarelo
Dividir meu coração na ventoinha do seu liquidificador
enquanto raimundo fagner chora sua jura secreta
talvez seja a solução mas nunca uma rima...
Coração é vasto
dizem que também um pote de terra em que nunca ninguém pisou
nem mesmo eu sei o que sinto
até mesmo eu desconheço a matéria dos desejos que trago comigo
 E que sabor teria a polpa deliciosíssima do meu nada?
Será que doce como esse meu nosso tédio?
Depois, o silêncio
e depois de depois minhas forças internas se reunindo na sala da justiça
pra criar a imagem que melhor te transponha:
- ninguém,
nem mesmo um rato que se refestela num prato de leite cujo dono é um gato que lá vem
foi tão feliz quanto nós!
é a paixão de Cristo do Anonimato:

morro sem nunca ter entrado na história.



(E outra, acabo de descobrir descobrir que meu Vinícius só quer me pegar quando está bebado porque ele é gay. aí. complexo.)

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