Estive na festa mais chata do mundo. E ela foi na minha
casa. Terminei uma temporada teatral bacana e quis dar uma comemorada. Convidei
a galera pra ir pra minha casa confraternizar e fazer amor, ou amor de mentira.
Geralmente fico nervoso quando sou anfitrião, mas nem fiquei tanto. Ou, pelo
menor, nesses últimos tempos tenho conseguido controlar algumas ansiedades.
Ainda bem que eu controlei as expectativas. Foi só meu amigo Simão e um
coleguinha de negócios burocráticos comerciais e gerenciais. Foi uma noite
interessante.
Fui ao mercado e dei uma nota de 50 pra moça do caixa pra
trocar por uma caixa de Kaiser, dois pacotes grandes de salgadinho (Cheetus e
Fandangos), um vinho barato sem rolha, um Nestea Pêssego pra Luísa e dois Marlboros
light maço. O troco uma moeda de 25 centavos.
Bom, foi uma noite boa de conversa boa. Bebi algumas
latinhas de cerveja. Fumei bastante. Mas fui controverso. Ali em cima eu disse
que não estava criando muitas expectativas, mas acho que eu tava sim. Por fora
queria parecer blasé, mas fiquei um
pouco decepcionado. Queria muito me exibir. Exibir minha casa, meus amigos,
minhas fotos, tudo o que é “meu”, tentando resumir o que eu sou. Queria uma
festa bem egocêntrica pra galera do teatro. Talvez tenha sido bom ter sido como
foi.
Essa foi minha grande festa de merda. Será que digo que foi
uma festa? Qual o critério pra chamar de festa. O que sei, é que foi um
encontro marcado para interagir e se divertir. Agora, a potência de alegra
varia de acordo com o evento. Foi uma festa. Foi, sim. Uma festa cordial.
Saco! Foda-se! Tédio. Quero rock.
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