A triste estória da menina que queria passar uma tarde com o
namorado.
Ela estava com ele desde domingo, ali, conversando, fazendo
doce, nheco, carinho, comida.
Um dia ele dormiu e tudo estava diferente. Não sei ao certo,
mas ele queria estar só.
Ela disse: “vou ficar”. Sorriu e ele não retribuiu, fez um
sorriso forçado logo percebido por ela, que ficou “neurótica”. Haha
Depois eles conversaram, a culpa ficou sendo da insegurança
dela. Ele disse: “você não pode ficar jogando a sua baixa autoestima encima de mim”. - ou algo do tipo-
Ele lentamente, sem dizer nada, começa o processo de enrolar
o seu cigarro. Ela diz:
“entendi tudo” você queria estar sozinho, fumar, ficar
tranquilo, e escrever. (isso é coisa dele)
De volta ao
filme do Wood Allen, que atenciosamente a nossa eu-lírica autorreferente
assistia, a menina começa a ter percepções lombriticas e de repente levanta,
arruma suas coisas devagar (esperando ele perceber) , vai no banheiro, faz
xixi, ele pede café e ela o serve.
e devagarinho ela tem uma visãozinha de maturidade: ele
escreve, ele esta inspirado, e ela, como uma boa mulher de escritor misantropo,
entende que ele precisa daquilo, e que a única coisa que ela pode fazer para
ajuda-lo é servir aquela xícara de café. e ali, naquele momento, eles percebem o quanto -realmente- se amam. E aquela
palavra de luxo não seria pronunciada, nem precisaria ser.ooooo
De volta do futuro, ela serve aquele café, que há tempos
atrás ela não serviria por pura pirraça, bebe um pouco do seu café açucarado
pra porra e diz: >estou indo embora<
Ele reluta, mas ela vai. [sem problemas, isso não é uma
briga]
E por que isso é tão mais difícil de perceber na sobriedade,
eu não sei (ainda).
Super K
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