Toda vez que ele sobe, todo mundo fica olhando, ora, claro! Como não olhar essa tão diferente do que vemos sempre e sempre.
Pode almoçar, repetir se você quiser, aqui continua do mesmo jeito. Tudo caminha conforme você espera. Não sei muito bem o que fazer quando olho pra você, fico meio desconcertada, com medo das suas garras que saem do olho direito, apesar de saber que você tem dois corações e que neles cabe muito mais coisas do que tenho aqui no meu.
Gosto das suas unhas pretas saindo da barriga, elas combinam com você. Fazem uma perfeita composição, em contra, ao brilho do sol debaixo do seu suvaco. E o seu pelo, tão macio quanto uma bundinha de nenêm.
Não sei ler o seu todo, as suas entrelinhas estão tão escondidas quanto às tripas que percorrem o seu intestino delgado. E dão voltas tão bonitas quanto uma redondilha maior do jovem Camões preso às suas ambiguidades.
Ambiguidade é sua marca registrada no ponto de recôncavo distorcido como a árvore do cerrado.
Desculpa, to indo embora. Guardo suas poesias dentro do meu relicário.
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