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domingo, 24 de junho de 2012

Mobamba – Jongo, festa e beleza


Edição festas do blog do Liquidificador. Cada integrante do grupo deve ir à uma festa e analisa-la da forma que achar melhor.

Decidi falar neste post sobre o Mobamba. O que é Mobamba? É um grupo de teatro-dança-festa-música que vem fazendo samba por toda a cidade.  Falar sobre samba? Tá bom, me rendo ao espetáculo que assisti. Chego no Varjão e começo a procurar o local onde seria a apresentação. Vou guiando o carro para todos os locais que estão mais iluminados na noite, “não, ali é uma igreja”, outra luz, “não, ali é uma igreja”, opa, ali, uma luz um pouco mais colorida. Chegamos. “Não, ali é um botequinho de forró safado”, ali, ali, outra luz colorida e música! “Não outro boteco!” O Varjão está tomado por antros de perdição por todos os lados! As igrejas e os bares disputam espaço a todo custo. Teve até o camarada que abriu o porta-malas do carro, colorido de neons pra concorrer com os cânticos fervorosos da igreja ao lado! Realmente uma guerra de perdições.

Até que encontro o galpão onde acontecerá a festa, ou seria a peça? Não, essa é uma peça mesmo, que tem hora de acabar, mas acaba num sambão da unidos do Varjão. Fiquei feliz ao entrar num local tão bem ambientado, com cores e sons e santos e velas e mesas e mulheres bonitas pra todos os lados. Os atores dançam, cantam, atuam num círculo vermelho que mais me parece uma festa das moças logo de cara. Aos poucos vai se desenrolando uma história e brincadeiras sambadas e cantadas, que divertem o público de uma maneira mais legal do que a maioria das peças chatas e quadradas que costumamos assistir. O clima de buteco/terreiro de ar sapatônico é coroado com um lindo beijo lésbico com duas lindas mulheres, duas moças que estão com presenças cênicas dignas de possessão. O magnestismo Tutiano e Luariano são destaques. Sorrisos, choros, orgasmos, sons orgiásticos... água, muita água numa lindíssima e excitante cena da liquidificada Fee, pena que o ultra-romântico não terá esta cena, é vibrante!









Outra cena que me ganha é quando chamam o público pra participar de um sambinha, ao som de caixinhas de fósforo e risadas sem graça tentando utilizar o instrumento. Não ignoram o público ao seu redor. Algumas cenas estranhas e que ainda não funcionam pelo pouco tempo de “quilometragem” da peça junto ao público. E finalmente a festa! Entram @s passistas, mestre sala e porta bandeira, o público é chamado para o centro e só entram os menos tímidos. Atores e público se misturam. “come solto” o sambão quadrado da Brasília. É uma festa!  A gente vê no sorriso do público ao sair, a satisfação de ter participado de uma experiência, de ter levado algo pra casa além de uma caixinha de fósforos. O ritmo que leva o público a pensar que não é tão chato assim ir ao teatro, que tem sangue e suor pulsando mais vivo que os 3Ds cinematográficos. Mas o Mobamba acaba cedo, são só três músicas de bis, e vai embora logo, só mais um final de semana...Faltou mesmo uma cachacinha ou um frango a passarinho pra passar o resto da madrugada batendo papo e gozando na vida pra gozar no palco.


14 comentários:

  1. Foi realmente uma experiência e tanto, a começar pela viagem aos confins do Varjão, com suas casas-botecos e garagens-igrejas. Meninas lindas, espetáculo cheio de energia. A cena da água é mesmo o ponto alto. Em relação ao beijo das moças, fico com o saudoso Fausto Wolff: “pode haver cena mais bonita de se ver, mas eu pessoalmente desconheço”.

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  2. Obrigada pelos elogios, Fê. Suas críticas são muito bem-vindas. Vai de novo! ahahha :)

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  3. Ai minha nossa. O encontro de (dos meus) dois mundos. <3

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  4. Caro Fernando,

    Sua visão acadêmica do espetáculo é bem razoável.
    Mas, a sua estorinha de um playboy perdido no Varjão é bem fraquinha. Explico porque:
    1) Os cartazes, meios de comunicação e panfletos sobre o Espetáculo do Momamba é claro e simples quanto a localização do evento: GALPÃO DE EVENTOS DO VARJÃO NA ENTRADA DA CIDADE. Não existe nenhuma Igreja na ENTRADA DA CIDADE. Ou você quiz florear o seu comentário sobre a peça, com um buquê de preconceito ou não sabe definitivamente o que é ENTRADA DA CIDADE.
    2) Você assevera que "o Varjão está tomado por antros de perdição por todos os lados!". O que é isso exatamente? Você coloca em cheque toda uma Comunidade (onde se tem crianças, jovens, homens, mulheres e idosos de muita dignidade) pelo simples fato de haver uma igreja ao lado de um boteco? Ora, Sr. Fernando, quanta hipocrisia! Na Asa Norte a Igreja Católica Verbo Divino está de frente de a um Boteco de fama não muito "religiosa" e nem por isso a Asa Norte é um lugar melhor ou pior que os outros, certo?
    3) Por fim, sugiro que da próxima vez que falar sobre o Varjão, fale sobre a tranquilidade com que chegou na cidade, com policiamento logo na "Entrada da Cidade" (se caso você enteda o que significa esta expressão), fale sobre a hospitalidade da comunidade, fale sobre qualquer coisa que mereça nossa atenção positiva. Deixe seus preconceitos em casa ou jogue-o fora de uma vez por todas!

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  5. Caro Anônimo,

    Desculpe te tratar assim, mas é o que me resta quando há a covardia de se identificar ao colocar seus pontos de vista.
    Vou utilizar seu formato de tópicos para encaminhar minha réplica ao seu comentário.
    1)O objetivo do post como você (não) deve ter lido é analisar alguma festa, de acordo com um olhar de um integrante do grupo, da forma que achar melhor, não há nenhuma pretensão de se fazer uma análise acadêmica sobre o espetáculo, logo não foi o que foi feito.
    2) Quanto a "estorinha de um playboy perdido no Varjão" de antemão lhe informo que não estava perdido, já fui várias vezes ao Varjão e conheço as ruas e entradas. O relato é apenas do que vi a noite, neste dia que fui. O seu juízo de valor em cima de meu relato que é um tanto quanto preconceituoso (provavelmente você não me conhece) e afetado.
    3) Em referência ao material do espetáculo. Não fui ao espetáculo por ter visto este material, conheço muitas pessoas que fazem o espetáculo e um amigo meu me disse que seria muito fácil de achar, me dizendo que seria na rua principal, na primeira rua que eu visse. Como eu já conhecia o Varjão e a ENTRADA DA CIDADE (como grotescamente você pressupõe que eu não soubesse) achei mesmo que seria muito simples de chegar, pois entrei pela ENTRADA DA CIDADE e segui em frente. Ao final me deparei com um parque de diversões, que também era uma das referências da divulgação, mas são dois os parques de diversões no Varjão, no momento.
    4) Quanto a expressão que usei de "antros de perdição", convido você a ler as outras postagens do blog e conhecer um pouco mais sobre o trabalho que estamos fazendo, para que você tenha uma referência um pouco mais embasada, e entenda as nuances de ironia e humor quando cito isto. O livro Noite na Taverna tem um histórico de anticlericalismo e perdições em bares e tavernas de todos os tipos, por isto a citação que deve ter acendido sua verve heroica de proteção da cidade.
    5) Concordo realmente com seu tópico 3 em que você fala que o Varjão é uma cidade muito bonita, tranquila, com policiamento e muitos outros pontos positivos. Como disse, não é este meu foco no atual trabalho que estamos desenvolvendo e me parece um tanto playboy, pagando de herói, de sua parte achar que a cidade mereça uma defesa tão pífia, já que não houve um ataque à cidade em si, muito menos uma comparação com outras (não cito em momento algum Asa Norte ou qualquer outra cidade que provavelmente tenha seus antros de perdição.). o relato foi direto e objetivo, existem mesmo muitas igrejas e bares espalhados pela cidade, caso você não tenha adentrado o resto da cidade e tenha parado na ENTRADA DA CIDADE, recomendo ver com os próprios olhos.
    6) Por último, sugiro mesmo que você se identifique, pois fica no mínimo ridículo e mais hipócrita impossível, acusar alguém de hipocrisia sem de fato assumir uma identidade. Ou então você me encontra casualmente e prefere manter os sorrisinhos do métier e amenidades em geral?

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  6. É... acredito ter havido um desencontro de interpretações. Em momento nenhum é o nosso desejo, e tenho certeza, não é o do Fernando ofender ninguém, nem fazer comparações pífias. Além disso, estamos o tempo todo nos auto ironizando, como não fazer isso com os outros também? Não é verdade? Eu por exemplo já morri, já transei com meu irmão... dá uma olhada aí no blog... quer dizer... num olha não, meu amigo anônimo, senão aí que você vai ficar chocado mesmo, kkkkkkkkkk.
    Vamo beber pra esquecer, gente. Afinal de contas, É FESTA!!!

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  7. É para evitar o senso comum que nos dedicamos ao estudo. Anonimo, paciência ein...

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  8. Ora, ora, ora, o que temos aqui? Críticos que não aceitam críticas?
    Primeiramente, agradeço ao Sr. Fernando por ter se retratato sobre o Varjão. Era o mínimo que deveria ter feito. Por outro lado a retratação veio repletas de bravatas, mas tudo bem. Era de se esperar.

    Iza, convenhamos: se para você que já morreu e já transou com seu irmão, comparar o Sr. Fernando com um playboy perdido no Varjão, no episódio que ele mesmo relata, é alguma aberração? Algo impensável?

    O "Faça o que tu queres, pois é tudo da lei" que vocês pregam me parece desvirtuado. Pensando bem, faça o que tu queres (mesmo), pois é tudo da lei!

    Enquanto ao convite a ler outros posts neste renomado Blog, muito obrigado, mas realmente não aceito vosso convite. Já perdi, com esse comentário, cinco minutos, muitíssimos preciosos. E não pretendo cometer este equívoco novamente.

    Por fim: Existem dois parques de diversão no Varjão no momento, Sr. Fernando??? Você está de brincadeira, né, mermão?

    Merde pour vous!

    Anônimo Aparecido da Silva

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  9. Sei não, mas acho que esse Anônimo aí é o mesmo do "Iminente" "Eminente". Acho inclusive que ele leu todos os posts do blog. Acho mais ainda que ele tá conferindo aqui nos comentários a "polêmica" que causou e se divertindo.

    Anônimo, Vossa Eminência, Vossa Excelência, Vossa Sapiência não sois um crítico, apenas um polemista.

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  10. opaaaa, o anônimo agora tem sobrenome! Bacana, vejo uma esperança genuina nesta relação: assinar as "belezinhas" que falas. Agora me desculpe a liberdade em te re-re-replicar, (é que eu to achando isso aqui, muito bom, anônimo!) mas eu queria dizer que chamar o Fernando de playboy, realmente é tão absurdo quanto uma pessoa que já morreu estar escrevendo isso, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Chamar uma pessoa que vai trabalhar com blusa furada de playboy,kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, oooooooou mininoooooo, prestenção na vida, HOMIIIIII. Acorda pra Jesuis!
    Se você falasse que ele é ruim de roda... que não tem senso de direção... era bola na rede!!!! mas playboy, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
    anônimo, eu juro... isso é muito engraçado! Você não tem idéia do tanto que eu já ri da tua idéia...
    playboy... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, ai gente...

    Hoje quando eu olhei pro Fernando (que a propósito, trajava uma blusa escrito 'mequetrefe') e lembrei do playboy, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Leitura muito superficial do meu jovem amigo e diretor Fernando Carvalho.

    Fica a vontade ae pra me xingar, fazer macunba, criar um blog antiliquidificadorístico, faça o que tu queres, pois afinal é tudo da lei!

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  11. kkkkkkkkkkkkkk, Fernando seu playba! kkkkkkkkkkk

    Difícil parar de rir, difícil demais!


    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  12. Bem Iza,

    Nós cometemos equívocos, certo?
    Temos que ter hombridade em assumir nossas fraquezas.
    Pois bem, estou aqui de peito aberto para dizer que: voltei a ler este Blog (Somente este post. Que fique bem claro!)
    Prometo que será o último trago! Ou não!

    A polêmica, o debate, a conversa fiada (seja lá o que isso for) tem em seu tema central justamente o que se chama RÓTULO.
    Para o Sr. Fernando o "Varjão está tomado por antros de perdição por todos os lados!", independente de pessoas honestas que ali moram, policiamento, igrejas, comércio, bares, posto de saúde, cultura, esporte, educação, reciclagem e demais qualidades e defeitos. Está Rotulado!
    Para mim (a nível de, absoluta e invariavelmente, mim mesmo), o Sr. Fernando será um Playboy, independente dele usar roupa rasgada ou não. Está Rotulado!

    Ademais, Iza, não iria te xingar e nem "botar teu nome na macumba". Porque? Você é tão honesta nos seus comentários. Acho eles ótimos e com alegria! Confesso que ri contigo!

    Aliás, se existe essa preocupação, junto aos associados do Fernando Carvalho Futebol Clube, fiquem tranquilos, não tenho nada contra ninguém, as vezes nem a favor. A minha crítica foi contra a maneira pejorativa que este Sr. se referiu ao Varjão. Solamente esto!

    Enquanto a minha identidade, que pertuba tanto vocês, citarei El DESDICHADO II do Lobão (que não é música de playboy, hein!). Solta o som aê!


    Eu sou o tenebroso, o irmão sem irmão,
    O abandono, inconsolado,
    O sol negro da melancolia

    Eu sou ninguém, a calma sem alma que assola, atordoa e vem
    No desmaio do final de cada dia

    Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei
    O Samba-sem-canção, o Soberano de toda a alegria que existia

    Eu sou a contramão da contradição
    Que se entrega a Qualquer deus-novo-embrião pra traficar
    O meu futuro por um inferno mais tranquilo

    Eu sou Nada e é isso que me convém
    Eu sou o sub-do-mundo e o que será que me detém?

    Eu sou o Poderoso, o Bababã,
    O Bão! Eu sou o sangue, não!
    Eu sou a Fome! do homem que come na brecha da mão de quem vacila

    Eu sou a Camuflagem que engana o chão
    A Malandragem que resvala de mão em mão
    Eu sou a Bala que voa pra sempre, sem rumo, perdida

    Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei
    Eu sou o Morro, o Soberano, a Alegoria que foi a minha vida

    Eu sou a Execução, a Perfuração
    O Terror da próxima edição dos jornais
    Que me gritam, me devassam e me silenciam.

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  13. Anônima 2.... ou a Revolta!!29 de junho de 2012 às 02:40

    Nossa cansei de ler.. Mas pelo o que entendi, ta rolando uma tensão sexual entre o Anônimo ai com sobrenome, e o tal d Fernando playboy.. É isso né?!?!

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  14. "Lobão não é música de playboy..."
    Informado este rapaz... hehehehe

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