O incesto
Tem coisas
que acontecem na vida porque a gente bebe, outras tantas acontecem porque a
gente vive. A vida é simples, sem mistificação, simples assim.
Eu estou
entrando em lugares nunca desbravados nem imaginados, apenas desejados, aquele
desejo que vem lá de dentro, sabe... Um incesto foi o que aconteceu. Era meu
irmão agora é meu amante!
SEXO!!! Luta
friccional entre dois corpos imundos com sangue correndo na veia. O mesmo
sangue correndo na veia. Lugares diferentes. Prazeres inóspitos. Prazeres
genéticos. Transei com meu irmão e foi muito bom!!! Estamos em família, somos
muito parecidos, somos demais... podres demais. Com os olhos vendados para as
indulgências plenárias que á acumulei. Olho para o céu, estou cercada de amigos, mas onde está Deus e quais são
verdadeiros amigos.
Estamos
cegos pela fumaça do Dunhill e da Absolut e Red Bull, Red Label! Só tomo
destilados...
A pegada é a
melhor, quando penso que quero um carinho ele faz, quando quero um toque ele já
aconteceu, agora quero violência, nossa que brutalidade, cabelos, línguas, apertos, unhas, pegada perfeita, medida certa, TESÃO... SOMOS MUITO PARECIDOS,
somos demais, podres demais. E o podre é uma delícia. Hummm... minha colcha ainda tem o cheiro dele. Foi bom, eu
quero mais! Muito mais. Quero ficar em família.
Meu namorado
não se importa, com certeza não se importa, pois nunca demonstrou nenhum ciúme
do meu irmão. Pelo contrário, sempre foram muito amigos, sentam juntos para
falar de futebol, tomam cerveja, falam sobre carros, abraços, tapinha nas costas... Tenho certeza que não se
importaria. Está tudo em família.
Estou muito
confusa, estou perdida. Mas para me encontrar precisei me perder antes, andar
em outros lugares. Sentir outros prazeres. Já não sei quem eu sou.
Antes eu era
assim:
Agora eu sou
assim:
E o ‘eu’,
também não sei de quem se trata.
Eu sou Iza Cavanellas:
Eu sou Giórgia:
“Eu
já não sei quem sou eu e quem é este personagem que eu também não sei quem é”
Iza Cavanellas. Hahaha, não precisa das aspas, a voz é minha, ou precisa...
Onde começa e termina a atriz. Onde estão os limites da performance, porque
existem as dicotomias saussureanas? Não sei! EU NÃO QUERO SABER!!!
O que
importa é que eu estou arrancando sem anestesia o que eu tenho de mais podre
dentro de mim e colocando em uma vitrine. Este é o meu tesouro, aí está o meu
coração e eu adoro vitrines. Gosto de ser comentada. Gosto de ser eu, Iza,
gosto de ser eu, Geórgia, gosto de ser você personagem que eu não sei quem é. Gosto
de incesto, sexo, fricção familiar entre dois corpos imundos. Adoro quem leu
este post e sabe que tudo isso é verdade. A isso eu dou o nome de cumplicidade,
somos cúmplices a partir de agora, pois vocês já sabem do meu segredo: eu transei com meu irmão e foi muito bom!!!
Ass.
GeórgIZA
Genial!
ResponderExcluir"Obrigada querido diretor"
ExcluirBotei fé! Tive a oportunidade de ouvir essa história antes. Sen sa cional!!
ResponderExcluir"Adoro quem leu este post e sabe que tudo isso é verdade."
ExcluirArrasou Iza ou Geórgia!!! rsrs... adorei a parte das dicotomias Saussureanaas!!!
ResponderExcluir"Onde começa e termina a atriz. Onde estão os limites da performance"
ExcluirEsqueci de assinar!!! Dow....
ResponderExcluirLaíssa!!!
hahaha, sabia que era você gostando da parte linguística do post. Captando a única denúncia linguística do texto inteiro, kkk.
ExcluirVocê arrasa.
Estudante de letras é assim mesmo!!! rsrs....
ResponderExcluirMas falando sério eu adorei a mistura da atriz com a personagem!!! Essa lina tênue que separa uma da outra é encantadora!!!
Laíssa
Lai, era pra ficar chocada e não encantada, kkk.
ExcluirAdoro essa liberdade e diversidade de sentimentos...
genial mesmo, antes eu era assim, agora eu sou assim, ai ai... quem vê até pensa, kkk
ResponderExcluirKauana
esse comentário diz muita coisa sobre o que você pensa do post, hahaha.
Excluir"quem vê até pensa"
É ISSO AE
ResponderExcluirvixiiii, o coringa morreu assim, cuidado!
ResponderExcluirhahaha, num entendi...
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